quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SANTO SÚBITO



"Amem-se uns aos outros,assim como eu vós amei Não existe amor maior do que dar a vida por seus amigos" (joão 15,12-13)

Ao escrever este texto,quero dar um testemunho pessoal e também de solidariedade aos agentes e militantes da Pastoral da Criança(PACRI).


Quero dizer que não gosto de escrever sobre acontecimentos tristes ou trágicos,mas a vida nos leva e faz escrever,falar sobre estes acontecimentos.


Na última terça-feira 11 de janeiro,ficamos abalados com o cismo que atingiu e destruiu um dos países mais pobres do mundo e das Américas,onde um rico haitiano é considerado como o mais pobre do Brasil,segundo dados do F.M.I, Banco Mundial e o CEPAL.


Entre as milhares de vitimas pobres deste pequeno pais caribenho estava 20 brasileiros,militares da força de paz da ONU,e dois civis Luís Carlos da Costa da ONU e dona Zilda Arns Neumann de 73 anos,médica pediatria e sanitarista,fundadora da Pastoral da Criança da CNBB,da Pastoral de los Niños Internacional e da Pastoral do Idoso da CNBB.


Não conheci pessoalmente dona Zilda irmã de Dom Paulo Evaristo Arns,Cardeal Arcebispo hémerito de São Paulo,candidato a "papavel" e a "premio Nobel da Paz",pela sua defesa dos direitos humanos;como milhares de brasileiros,a conhecia pela mídia,enquanto a Pastoral da Criança conheço pessoalmente o seu trabalho e a dedicação de seus voluntários,em salvar vidas de milhares de crianças da desnutrição e de doenças que podem ser evitadas com atitudes simples e que ainda mata no mundo.


A Pastoral da Criança nasce em setembro de 1983,no município de Florestópolis(PR),um dos mais pobres deste estado na área da Arquidiocese de Londrina,cuja fonte de renda vinha do trabalho dos bóias frias,principalmente do trabalho temporario e de diarista,destes trabalhadores que trocavam vale por comida no único super mercado da cidade que pertencia a empresa em que trabalhavam,os filhos destes trabalhadores sofriam de desnutrição e muitos morriam antes de um ano de idade.Dona Zilda e Dom Geraldo Magella Agnelo arcebispo de Londrina,iniciam este trabalho com alguns professores municipais.


A obra iniciada por Zilda no inicio teve restrições dentro da Igreja,que via o trabalho como mero assistencialismo e que tirava a responsabilidade dos governos,em resolver o problema da fome,miséria e a pobreza.


Dona Zilda seguiu o conselho de Jesus,quando multiplicou os pães e os peixes:"Vocês que têm que lhes dá de comer''(Mc 6,34-44),ela falava que devemos ensinar a pescar e não simplesmente dar o peixe.Dar o peixe é cair no assistencialismo e perpetuar a pobreza e a miséria,faz com que o pobre seja objeto e não sujeito de sua transformação.


Temos visto agentes da PACRI,atuando nos bairros,vilas,favelas das pequenas cidades do interior as megalopoles, no campo nas comunidades carentes,como acampamentos e assentamentos,onde o poder público se nega a atender.


São 240 mil voluntários,80% mulheres pobres que atendem 1,6 milhões de crianças pobres. Com um trabalho simples estes agentes salvam vidas como o soro caseiro,aproveitamento de alimentos,multimistura,ensinando as mães e explicando o porque a lavar as mãos antes e depois das refeições, dar banho nas crianças, a pesagem,sopão,cursos de alfabetização aos pais das crianças atendidas,no combate a desnutrição,mortalidade infantil,marginalidade social e por políticas públicas.


Muitas destas agentes visitam as familias mensalmente,alguns casos diariamente e semanamente.


Não é atoa que hoje a Pastoral da Criança se encontra em 27 paises da América, África, Oceania,como em Timor Leste,atraves da Pastoral da Criança Internacional. Dona Zilda poderiá entrar no roll dos santos e santas canonizadas pela Igreja,principalmente num mundo em que falta testemunhos e numa Igreja em que falta santos comprometidos com a vida humana e de cristãos que sejam testemunhas vivas do Amor de DEUS,como foi em vida Zilda Arns e milhares de agentes de nossas pastorais sociais,comprometidos de fato com o Evangelho de Jesus e com o Reino de DEUS.


Na Igreja Primitiva e em alguns casos os santos eram aclamados pelo povo,como mártires e imediatamente a hierarquia os declarava santos.


Dona Zilda cumpriu este requisito da Igreja de ser missionária e mártir,morreu mártir junto a milhares de haitianos pobres e deu testemunho de FÉ ao salvar milhares de vida ameaçadas como médica e sanitarista.


Nestes tempos de espiritualidade e fé intimista,de cada "um por si e Deus por todos'',dona Zilda nos dá o testemunho de uma fé e espiritualidade comprometida com os pobres.


Dona Zilda é um destes anjos bons do povo brasileiro,e uma destes santos e santas de Deus que vale ficar na memória do povo cristão,junto com os mártires Santo Dias da Silva, Pe. Josimo Tavares, Pe Reinaldo santos brasileiros de sangue e coração.




Dona Zilda Arns,rogai por nós! "santa subito!"






Júlio Lázaro Torma * militante da Pastoral Operária da Diocese de Pelotas/ RS

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

SE A TRISTEZA VIER


Se a tristeza vier por qualquer motivo,faça o seguinte:
Assopre o pensamento triste,deixe escorrer a última lágrima,conte até vinte.
Abra então a janela,aquela que dá para o vôo dos pardais,procure a luz que pisca lá na frente(evite as sombras que ficaram lá pra trás).
Ao encontrá-la,coloque-a dentro do peito de tal jeito,que possa ser notada do lado de fora
Acrescente agora uma pitada de poesia,do tipo que passa por nós todos os diase nem sequer consegue ser notada;
Aumente o brilho,com toda intensidade de que um sorriso é capaz.
A felicidade é o seu limite,e o paraíso é você mesmo quem faz.
Não se esqueça jamais disso e viva feliz!!!
Bom dia pra você!
Autor Desconhecido

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Defender a vida, a dignidade das famílias e crianças ajuda a diminuir a violencia e promove a paz.


Sentimos pelo morte de Zilda Arns, exemplo de acolhida e amor aqueles que mais precisam, os favoritos de Jesus.


Saudosa Drª Zilda receba nosso carinho.


Muita Luz!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Em uma aldeia distante havia uma mulher que morava sozinha. Ela não tinha a companhia dos parentes e também não tinha filhos, era simplesmente só.
Um dia ela resolveu plantar uma flor para ter alguma coisa para cuidar. E assim fez, pegou um caroço de pêssego e enterrou na frente de casa.
A árvore cresceu dando belos frutos e uma sombra maravilhosa e todos os dias a mulher sentava-se em sua sombra e orgulhava-se da bela arvore que havia cuidado com tanto amor.
Os meses foram passando até que chegou o inverno e como a arvore estava plantada na frente da casa o pouco sol que havia naquela estação do ano não aquecia a casa da mulher e ela sentia muito frio.
A cada dia a mulher ficava com mais desgosto e se exclamava.
- Eu plantei e cuidei de um monstro, de que adianta essa arvore me dar sombra e bons frutos no verão e no inverno quando mais preciso do sol para me aquecer ela atrapalha.
Foi então que teve a idéia de cortar a arvore, pois até o verão ela já estaria grande outra vez. E assim o fez, cortou a arvore pela raiz e do seu tronco e galhos fez lenha. O inverno e a primavera passaram e veio o verão, mas a arvore não tinha brotado e a mulher se arrependeu porque cortara a arvore.
Assim são as amizades, os amores, quando são cortados pela raiz, muitas vezes nunca mais brotam.

AUTORIA: Iana de Moura